Tratamento da doença periodontal

TRATAMENTO PERIODONTAL
Tratamento periodontal (piorréia)
Nova instrumentação com limas ¨Hedstroem¨(Técnica Dr. Ikuhara)
Dr.Moacyr Ikuhara
CIRURGIÃO DENTISTA
Ortodontia
C.R.O.S.P 5466

A periodontite (piorréia) nos anos 60 era uma lástima, porque levava a maioria dos pacientes à perda dos dentes, havendo grande parte da população de desdentados, ou usando dentaduras. Nessa época as bocas acometidas de piorréia tinham como indicação a extração de todos os dentes. Havia profissionais que usavam métodos conservacionistas por meio de cirurgias, medicamentos e higienização. Aderindo a ¨Escola¨ desses profissionais eu fazia muitos
procedimentos periodontais. Numas destas intervenções quando fazia a raspagem dos incisivos inferiores cujos espaços interdentais eram muito fechados (apinhados) tive a intuição de fazer a raspagem das bolsas com um extirpa-nervo. Foi uma surpresa ao ver que as bolsas saíam enroladas no extirpa-nervo, deixando o alvéolo completamente limpo. Depois dessa descoberta comecei a usar as limas para canal¨ Hedstroem¨¨da Kerr e Hedstroem¨¨ da Densply. Depois as limas foram soldadas em instrumentais da clinica Odontológica como; cabos de espelho, curetas. exploradores e exploradores de canal. Esta técnica reduz o tempo gasto na raspagem das bolsas e tecidos de cicatrização com uma eficiência bem maior, principalmente no angulo alveolo-dental e bolsas que aprofundam entre o dente e osso alveolar (intra-ósseos). As limas retas são eficientes na limpeza e raspagem nas ¨furcas¨ dos molares ultrapassando-as de um lado a outro, (vestibular
para lingual ou vice-versa). Quando a reabsorção óssea não for muito profunda, fazemos a instrumentação sem recorrer a gingivectomia. Nos casos em que reabsorção óssea ultrapassar 4 a 5 mm é indicado a gingivectomia, mas de forma menos invasiva possível, a incisão é feita em volta do dente em forma circular retirando apenas um anel na vertente descendente da crista gengival.
Após a cirurgia é feita a cobertura com cimento cirúrgico, que é removido após a cicatrização, sendo que em muitos casos dispensamos o cimento, deixando a gengiva aberta,como se fosse uma exodôncia, tendo o cuidado de preencher com coágulo sanguíneo. O sucesso da cirurgia é total desde que a doença não tenha ultrapassado o limite ideal de reabsorção e mobilidade.
Outra forma de remoção das bolsas é o uso de instrumentais colocados nas ¨peças de mão¨ ou contra-ângulo de Baixa rotação, (Implante). Neste caso as limas são soldadas em ¨Brocas¨. Existe também a opção de usar o ultrassom. Neste caso soldam-se as limas na ponta ativa em forma de gota. A manipulação com ultrassom deve estar com 30% de potência, irrigado com soro fisiológico.
Nos casos em que os dentes apresentam mobilidade, mas possuem bom implante radicular é indicado a imobilização por meio de ¨ferrulas¨e ¨amarrilhos¨, acrescidos de resina.
Outra forma de imobilizaçao é por meio de Braketts colados ligados por fios metálicos. A confirmação da cura se faz quando radiograficamente o dente está na cavidade alveolar sem solução de continuidade. Em muitos casos há dentes que anquilosa nas lojas onde havia as bolsas, havendo uma osteo-integração.

Cirurgia: Remoção de cálculos existentes, interferências oclusais e
profilaxia. Anestesiado de preferência com anestésico que produz isquemia para diminuir o sangramento faz-se a intervenção em um, dois, três ou mais elementos, sendo o mais indicado fazer uma hemi-arcada por seção. A raspagem deve ser feita em todos os dentes e é de primordial importância raspar toda a circunferência deles no angulo alvéolo-dental. A raspagem e a eliminação das bolsas que aprofundam entre o dente e o alvéolo e feito com a lima de ponta curva ou mesmo com a lima reta.
Depois da remoção do cimento cirúrgico, o paciente deve ser orientado para não descuidar da higiene bucal, escovando os dentes após as refeições, de preferência até 5 minutos do termino, conduta que faz diminuir a formação de tártaro, e não dá tempo de iniciar a fermentação dos resíduos alimentares. O retorno compulsório comumente exigido pode ser dispensado. Não há necessidade daquele acompanhamento quando o paciente faz boa higienização. Os pacientes dificilmente voltam com recidiva quando a cirurgia foi feita dentro das indicações favoráveis como: pouca mobilidade, pouca reabsorção óssea e livre de doença sistêmica. A técnica é fácil de ser executada e a cura é total e definitiva.
Obs. A técnica poderá ser vista com mais detalhes através do
D.V.D. onde mostro tratamentos feitos em pacientes há 10, 20 e 30 anos.











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